Saudações

Ofereço minhas boas-vindas aos visitantes.
Espero que gostem das minhas postagens e que também possam contribuir com opiniões e informações enriquecedoras.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Gil de Abreu no Caminhos da Leitura - SESC Iracema - Roteiro

Gostaria de compartilhar com vocês um pequeno roteiro para a minha apresentação no projeto:



Versos Versáteis
Composições e Arranjos

Parte I – Das Rimas.

Nas canções de Gil de Abreu podem ser observados vários estilos de rimas, quanto à métrica e à fonética, mas na maioria das vezes ocorre a rima posicional misturada, mas podem se observar também a ocorrência de paralelas, de alternadas e de opostas. Em especial também se observa experimentações com rimas não apenas soantes ou toantes mas coincidindo quanto à sua classe gramatical, bem como rimas ricas e preciosas.
Vejamos:

Segura o coco pra ele não quebrar
Tua cabeça quando o céu cair
Quebrando o galho do salgueiro um sabiá
1ª estrofe de Corre Brasil
(posicional A B A e experimental, métrica aguda)

Ah se eu pudesse ver agora
Como seria diferente o meu viver
Se eu pudesse estar sempre perto de você
Como quer meu coração
Que sem você não sossega não
Esperando”
1ª estrofe de Momentos da Paixão
(posicional A A B B, métrica aguda)

Uma nascente cristalina
Banhou de luz a solidão
E a cantoria da menina
Enfeitiçou meu coração
Que nunca mais viu outro jeito
Senão pular dentro do peito
Para mostrar sua vontade
Que era sair em liberdade
Só pra desfazer toda a maldade
Que a menina tinha feito
2ª estrofe de Ciranda de Vento
(A B A B + A A B B B A, predomina métrica grave)
Parte II – Das Figuras de Linguagem e recursos.

São encontradas algumas figuras de linguagem nas poesias de Gil de Abreu que são recorrentemente utilizadas para embelezar o contexto e também como licença poética em virtude de uma necessidade sonora que atenda à vontade compositora do autor.
Vejamos:

Como será que o meu coração
Vai encontrar um novo amor,
Se ele está dividido em dois
E o pedaço bom você levou?”
1ª estrofe de Coração Metade
(recurso de deslocamento acentual – prosódia)

Quando o Sol se pôr
E a Lua então se despir no mar
Sem nenhum pudor
É que eu estarei a te esperar
Pra te amar
Morena
2º refrão de Morena
(modo verbal substituído e deslocamento acentual)

Frio era o vento
Que ao soprar cantava algo
Semelhante a um delírio vindo do não sei
Na condição das predições sem luz”
2ª estrofe de Além da Lenda
(Prosopopéia e Metonímia)

Parte III – Da Inspiração

É mister que se entenda que uma poesia não surge por acaso, por mais que não haja, obrigatoriamente, um alvo, um motivo, um norte, toda construção poética se vale de uma inspiração, de uma busca, de uma reflexão do autor.
Músicas como Além da Lenda, Morena, Naquele Instante e Terra Presente de Deus, tiveram fontes inspiradoras, como a saga O Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien, uma bela moça caminhando na praia ao entardecer, uma tomada de consciência pessoal, uma protesto em defesa da natureza e meio ambiente respectivamente.
Já outras letras podem ser inspiradas por momentos de reflexão onde o autor organiza suas ideias e vai estabelecendo uma estrutura dentro de uma métrica musical, coadaptando a uma melodia.
Vejamos:

Houve um tempo e que a vida era uma história sem começo
E essa história sempre tinha o mesmo fim
Tudo o que eu podia ver não era nada que eu queria
Mas eu só não podia desistir”
2ª estrofe de Naquele Instante

O planeta todo clama pela paz
Necessita de amor e também proteção
As florestas e os animais sofrem tantas devastações
Não podemos permitir essa destruição
Todos temos que mudar o coração”
3ª estrofe de Terra Presente de Deus

Parte IV – Do Impacto

Obviamente que um poeta quando músico principalmente, pretende que seu trabalho seja sentido, uma vez que a poesia mescla-se com a melodia de uma música, ela cria uma grande força de impressão das mais variadas modalidades. O autor não acredita em música sem impacto. O objetivo é que o expectador esteja diferente do que estava antes de se deparar com a obra.

Se na areia eu puder o teu nome escrever
Que as ondas não apaguem o poema que nascer...”
Versos 1 e 2 da última estrofe de No Espelho das Águas

Perto de você eu me sinto criança
Querendo roubar, ingênuo, um beijo seu
Eu não posso esconder o quanto te amo
E o quanto quero ter você”
2ª estrofe de Perto de Você

Mas o que importa é que você ainda vive no meu coração...”
Último verso da última estrofe de Tudo Passou

Mas agora não vou voltar ao passado
Pois eu sei que não há mais nada para esquecer”

Versos 1 e 2 do refrão de Apenas Amando.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Versos Versáteis no Projeto Caminhos da Leitura

Sintam-se todos convidados a assistir a apresentação de minhas composições. Será no SESC Iracema, dia 17/02 às 20:00h.
Um grande abraço.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Canal do Gil de Abreu

Tem vídeo novo no canal do Gil de Abreu

vamos conferir?

https://www.youtube.com/watch?v=b8KnkzY7Zec
https://www.youtube.com/watch?v=b8KnkzY7Zec
https://www.youtube.com/watch?v=b8KnkzY7Zec